exposição

Tirante

Exposição virtual no Museu de Arte do Espírito Santo

O termo “tirante” refere-se a uma peça ou técnica construtiva que tensiona para estruturar e configura-se como marco conceitual deste projeto: utilizamos a arquitetura para discutir o museu não enquanto espaço físico, mas programação, acervo, e educação, compreendendo sua natureza como território de conflito e negociação.

Em constante estado de latência, derrocada e construção, Tirante confunde-se com o espaço construído, corpos e políticas que perpassam o Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio del Santo – Maes. Colocamo-nos em um campo de estiramento, em momentos como proposta conceitual, em outros enquanto estiramento institucional ou ainda entre público e privado, pessoal e coletivo.

Em 2018, quando fomos selecionados no edital público de ocupação do museu, submetemos um proposta que previa uma sinuosidade entre os agentes da arte contemporânea, partindo da noção de linhas de força elásticas, porém esticadas: artistas enquanto arquitetos, enquanto curadores, enquanto produtores, enquanto artistas. Em 2021, em meio à pandemia e ameaças às democracias, a mostra tornou-se um signo indicial de seu tempo e das próprias relações que se propõe a discutir.

Atendendo às demandas de saúde pública, como também da urgência em discutir a arte e seus meios nesse em novos contextos, o projeto tornou-se não-presencial. Obrigamo-nos então a fazer algumas perguntas: o que pode um museu fechado? O que é a exposição em contextos não-presenciais? E, afinal, o que configura um museu para além de seu espaço? Tirante não é mais a ocupação física de um museu, mas sua própria porta de entrada.

Colocamo-nos como agentes da arte e da cultura que, por meio de uma epistemologia própria, hipotética e experimental, dispomo-nos a habitar os vazios e conflitos de forma que os encontros e ruídos retesem as membranas conceituais entre arquitetura, instituição, arte e cidade. Mais do que uma mostra ou um registro, Tirante é tanto uma maquete de relações possíveis, como indício das inquietações que o estruturam.

Felippe Moraes 

 

Programa Educativo

Desenhado por Amanda Amaral e Lindomberto Alves, a partir de projeto curatorial desenvolvido por Clara Sampaio e Felippe Moraes. O programa recebeu as interlocuções de figuras atuantes na cidade, no campo da arte e no meio acadêmico, como Gabriela Leandro Pereira, Mauro Neri, Ricardo Basbaum, Juan Gonçalves, Rebeca Ribeiro e Thiara Pagani. Durante o período da exposição virtual, foram lançados bate-papos, podcasts, textos e atividades no site e no perfil do instagram do projeto.

Período de realização 28.jan - 31.mar.2021

Ficha Técnica

ORGANIZAÇÃO GERAL E PROJETO CURATORIAL

Clara Sampaio Felippe Moraes

ARTISTAS

Anton Steenbock Clara Sampaio Felippe Moraes Fredone Fone Marcelo Venzon Raquel Garbelotti

PROGRAMA PÚBLICO – ESPERA

Duo Furtacor – Amanda Amaral e Lindomberto Ferreira Alves

CONVIDADOS DO PROGRAMA PÚBLICO

Gabriela Leandro Juan Gonçalves Mauro Neri Rebeca Ribeiro Ricardo Basbaum Thiara Pagani

PRODUÇÃO

Clara Sampaio Barbara Carnielli

PROJETO GRÁFICO E IDENTIDADE VISUAL

Victoria Pianca

WEB DESIGN

Felippe Moraes

PARCEIRO INSTITUCIONAL

DaSilva Brokers ART LAB

FINANCIAMENTO

Realizado com recursos do Funcultura, via Edital 20/2018 (Secult-ES).