Batalha
Guiada pela noção de “arquivo que falta”, Batalha questiona os dispositivos de constituição de arquivos e discute o papel das imagens na construção de histórias individuais e coletivas.
Batalha é um núcleo de criação em artes visuais que conceitualmente parte de uma investigação em torno da batalha dos portugueses contra os Kaiapós e Puris ou Borum (chamados de Aimorés e Botocudos pelos colonizadores), povos locais bravos resistentes à colonização. Conflito que, em 1551, daria o nome atual da capital, Vitória, e do qual resultaria um massacre de comunidades indígenas sem precedentes.
Anteriores à invenção das imagens técnicas, tais eventos não possuem iconografia fotográfica, cinematográfica ou videográfica de época. No entanto, em um mundo habitado e cada vez mais condicionado por imagens, vemos a importância de podermos contar com iconografias de eventos como estes. Criar uma representação, uma imagem ou texto, é fazer com que os eventos do passado ocupem lugar nos cotidianos de hoje e possam ser discutidos. Sobretudo diante da incapacidade da história oficial em considerar a complexidade de tais eventos.
Batalha, propõe criar proposições artísticas – em fotografia, audiovisual, objetos, textos, sons –, proposta curatorial e educativa, eventos públicos e uma página web com o intuito de fornecer elementos para debates e narrativas possíveis.
Integrantes
Bruno Zorzal (@brunozorzal)
Ananda Carvalho (@anandacarvalho79)
Karenn Amorim @karennamorim)
Felipe Gomes (@f_____gomes)